sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sozinha.

Eu eu me vi sozinha. De novo. Mordi as laterias das bochechas e senti o gosto amarmo da solidão, e me perguntei até quando iria suportar. Até quando, até que ponto, eu iria me ver daquele jeito. Sentada. Sem uma pessoa do meu lado. E olha, não falo de amigos. Cansei de falar que não preciso de ninguém. Cansei de mentir, tentando acreditar que vou ficar melhor sozinha. Talvez eu realmente fique melhor sozinha, mas quem é que vai explicar isso para o meu coração? Ele não me ouve, de verdade. Desisti faz um bom tempo... E eu continuo assim, com o passar dos dias, me fazendo perguntas sem ter respostas. O coração está descongelando aos poucos, e me pego angustiada, sentindo os sintomas da solidão que tinha me deixado. Assumo, me rendo, desisto! Preciso de alguém comigo! Preciso DO alguém comigo... Alguém que me abraçará quando eu chorar, que me buscará num dia de chuva. Que será o meu casaco e a minha proteção. Alguém que será a mão que estará a minha espera, e que será a resposta para o meu silêncio, e o sorriso para as minhas lágrimas. Alguém que me completará de uma forma que eu terei de dizer "Caramba! Porque você não apareceu antes?!" E eu vou entender sem dificuldade nenhuma porque não tinha dado certo com nenhum antes. Mas eu ainda estava ali. Sozinha. De novo. Fechei os olhos e senti os olhos úmidos. Solidão. Amagar solidão.