quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Tô bem.
domingo, 6 de novembro de 2011
Aquela mudança.
sábado, 5 de novembro de 2011
Expressando tudo em papel.
Eu fecho meus olhos e deixo às palavras fluírem. As lágrimas correm por meu rosto como se o mundo fosse acabar como seu tudo fosse desmoronar. Eu respiro fundo e tento enganar a minha mesma que tudo está bem. Deixe-me falar... Engano-me muito mal. Até a mim mesma eu não estou conseguindo convencer. Como vai ser? Como tudo vai ficar? O nó na minha garganta não ajuda em nada, apenas me faz lembrar as lágrimas anteriores, que me fazem lembrar o porquê de eu estar chorando, e começa tudo de novo.
Meus dias estão passando e eu não estou sentindo. Eu sorrio como se fosse mesmo a verdade. Como se valesse a pena. Tudo bem, não vale pra mim, mas as outras pessoas parecem gostar dele. Acho que elas não pensariam assim de soubessem como está tudo aqui dentro.
Antigamente eu fechava meus olhos e via coisas bonitas. Eu conseguia voar nas costas da imaginação em lugares ESPETACULARES, mas agora, eu fecho meus olhos e só consigo ver um quarto escuro e vazio, quando a única luz existente é de uma janela no alto da parede, e dentro desse quarto tem uma menina sentada no chão, com a cabeça entre os joelhos. Ela chora, chora e chora. As paredes estão arranhas e é tudo imundo. É isso que eu estou vendo quando fechos os olhos. Estou vendo que as coisas estão escuras por dentro de mim.
Está tudo MUITO confuso, isso é um fato. É uma das coisas de ser uma adolescente, por mais que eu não me sinta uma. Dá vontade de sair, e na mesma hora dá vontade de ficar em casa. Eu quero conversar com pessoas, mas quero ficar sozinha. Eu quero sorri, mas as lágrimas chegam primeiras.
Eu não queria que fosse assim. E não quero. Mas não sei o que fazer, nem como fazer. Parece que preciso que você venha me salvar.
Confusão que você me causa.
E eu só queria entender tudo o que está acontecendo. Eu estou com raiva de mim mesma, como se eu tivesse feito algo de errado, mesmo todo mundo falando que eu não fiz nada. Mas é só eu fechar meus olhos, que me lembro do seu beijo, e é só o que basta para eu sentir aquele frio na barriga e aquele sorriso idiota aparecer no meu rosto. E o mais estranho é que eu não consigo me lembrar das partes ruins, para que minha sanidade possa falar por mim, mas não. Eu só me lembro das partes perfeitas. De como você me abraçou, do seu beijo, do seu cheiro, do seu jeito... Eu só queria me entender. Como meus sentimentos estão aqui dentro, você não consegue nem imaginar. Eu não consigo pôr tudo em seu lugar. Está tudo tão... Bagunçado.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Nova vida.
Desabafo.
A verdade patética.
Mais uma carta.
O negocio é que, toda a vez que eu olho suas fotos no meu quarto, da vontade de chorar. É frustrante, até mesmo para mim. Eu fico sonhando tantas coisas, e ao mesmo tempo eu sei que elas não vão se realizar. Sonho com você me chamando para tomar qualquer coisa em um lugar informal depois de ver que eu era normal. Perguntando coisas sobre mim e rindo das minhas histórias. Sonho com você me olhando com aquele sorriso lindo enquanto eu me empolgo com alguma coisa. Você acenderia um cigarro e eu te olharia feio, falando que não era legal e que não fazia bem, quanto você revirava os olhos e daria uma grande tragada no cigarro, dizendo “você quem manda”, e sopraria a fumaça em cima de mim, o que seria motivo de mais risos. Eu observaria com cuidado seu roupa desleixada. Seu jeans velho, sua blusa rasgada, seu tênis surrado e sua jaqueta amassada, e eu riria comigo mesma, enquanto você passava a mão no cabelo e me perguntava o que tinha acontecido. Eu sorriria de novo e diria que não era nada, que só gostava do seu jeito de se vestir. Você me olharia desigual e diria um “okay” que significaria “tudo bem, estranha”. Nós tomaríamos mais umas duas cervejas e você pediria a conta, enquanto eu me assustava pela hora que já era. Nós sairíamos para a noite de Los Angeles e você perguntaria o que teria me trazido até aquela cidade. Eu hesitaria, respiraria fundo e diria a verdade. Diria qual foi a única razão para eu estar ali, você mesmo. Eu não consigo imaginar sua reação, mas logo eu diria que foi um erro eu ter falado a verdade, mas que também não via motivo para ficar mentindo. Contaria que tinha juntado dinheiro e alugado um “apartamento” caindo aos pedaços e que tinha partido para cá, na intenção de encontrar você. Ficaria um silêncio do nada e eu estaria com medo, mas você riria e diria que eu ainda era normal. Que eu não estava gritando, tentando arrancar um pedaço seu nem implorando por um autografo. Eu gargalharia e perguntaria se o bloco de notas e a caneta que estavam na minha bolsa seriam de enfeite. Então você riri mais uma vez e afirmaria “viu, normal”, enquanto me olhava de vez enquanto. Eu te chamaria para meu “apartamento”, se é que aquilo seria digno de ser chamado por tal nome, e você aceitaria numa boa.
Exatamente... Eu sonho. Sonho com se fosse acontecer. Como se ainda tanto tempo. Mesmo sendo frustrada. Esmagada contras as paredes do tempo. Atordoada pelos sussurros dos anos. Assolada pelas lágrimas que vem quando me dizem que isso nunca irá acontecer.
Aqui estou eu de novo. Lhe escrevendo palavras às altas horas da noite.