quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O morro dos ventos Uivantes.



“Se olho para estas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda a parte eu vejo a sua imagem! Nos rostos mais vulgares de homens e de mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrível coleção de testemunhos de que um dia ela realmente existiu e a perdi pra sempre!”
“Não sei como explicar, mas certamente que tu e todos têm a noção de que existe, ou deveria existir, um outro eu para além de nós próprios. Para que serviria eu ter sido criada, se apenas me resumisse a isto? Os meus grandes desgostos neste mundo foram os desgostos do Heatchcliff, e eu acompanhei e senti cada um deles desde o inicio; é ele que me mantém viva. Se tudo o mais perecesse e ele ficasse, eu continuaria, mesmo assim, a existir; e, se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria para mim uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário